terça-feira, 30 de agosto de 2011

E se não existissem escolas?

Bom, pessoal, como prometido, hoje vou postar o texto da Revista Superinteressante que acho que tem tudo a ver com a EaD.

SUPER RESPOSTA - E SE...

Não existissem escolas?

por Victor Bianchin e Alexandre Versignassi
Definhar

1. Fim da festa
Educação e crescimento econômico são indissociáveis. Um não anda sem o outro. Para comparar: quando o ensino de massa engrenou, nos últimos 50 anos do século 20, a economia cresceu 20 vezes mais do que nos 300 anos entre 1500 e 1800, quando a maioria era analfabeta. Sem escolas, iríamos para trás.


2. Volta para a roça

A agricultura emprega hoje 36,1% dos trabalhadores do mundo. Está em queda: em 1996, eram 41,9%. Sem escolas, essa lógica se inverteria, pois, sem a tecnologia para gerar vagas em setores urbanos, voltaríamos à agricultura de subsistência. Como não haveria mais tecnologia para as plantações de alta produtividade (que dependem de máquinas), bilhões morreriam de fome.


3. Apocalipse

Nesse mundo faminto, a chance de a educação voltar é zero: a escassez de alimentos serviria de gatilho para guerras, tanto entre países como internas. E o mundo entraria num processo de autodestruição. Cada geração nasceria mais ignorante que a outra. Mas espera aí: essa não é a única possibilidade. Também dá para ficar tudo azul. Veja ao lado.

Reinventar

1. Cada um por si e a rede por todos

Agora vamos para outro cenário possível. Boa parte do conhecimento produzido até hoje está na internet. E ela pode nos salvar. Até ontem, achavam impossível algo como a Wikipédia, a enciclopédia em que qualquer um pode escrever. Mas ela virou o maior banco de conhecimento do mundo. Iniciativas assim seriam o primeiro passo para substituir as escolas. Mas não ficaria só nisso.


2. Estudando no trabalho
Em busca por mão-de-obra qualificada, as empresas formariam os próprios funcionários. É o que já acontece com as universidades corporativas - a da Petrobras, por exemplo, tem cursos superiores voltados à extração de petróleo . As empresas ganhariam isenções de impostos para manter os cursos, e os funcionários ensinados se comprometeriam a ensinar seus futuros colegas.


3. Começar de novo

Com a difusão do conhecimento na internet e dentro das empresas, algumas pessoas se destacam por levarem mais jeito para ensinar. Então elas começam a ser pagas para se dedicar apenas à educação. Com o tempo, esses autônomos viram uma classe trabalhadora - bancados por pais em alguns casos e pelo estado em outros. E se reúnem em locais voltados exclusivamente ao ensino. Renasce a escola.
Viram só? A internet fazendo ressurgir o ensino institucionalizado!
Claro que tudo isso na situação hipotética de não existirem escolas, mas dá para termos uma noção do quão importantes são os conhecimentos compartilhados atualmente através da web.
Espero que tenham gostado!
Abraços a todos e até!

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